Joelmir Beting | Um Mito Jornalístico | Termina Cerimônia de Cremação
O ciclo acabou para este grande homem do meio jornalístico, morreu na madrugada de quinta-feira (29) em São Paulo. Joelmir Beting tinha 75 anos e 55 anos de carreira, muito ético e moralista em seus comentários, este homem contribuiu muito para nosso país.
Foto: Fernando Sampaio/Estadão Conteúdo |
Por volta de 16h20 terminou a cerimônia de cremação do jornalista na Grande São Paulo, ocorreu no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, somente familiares puderam estar presentes. Horas antes o corpo de Joelmir Beting foi velado no cemitério Morumbi, zona sul de São Paulo.
Aberto ao público por volta das 10h15 e terminou às 14h15.
Desde o dia 22 de Outubro estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, no Domingo sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico, na quarta-feira (28), os médicos informaram que seu estado era de coma irreversível.
Lucila Beting, afirmou que está se mantendo forte. “Hoje não é para mim um dia de luto. Estou muito forte. Deus está me dando uma paz muito grande”, disse. A mulher também relembrou o período em que permaneceu casada com o jornalista. “Ele foi um maridão. Só me deu alegria. Procurava adivinhar as coisas que eu queria. Ele me encheu de tranquilidade, foi um bom pai, um bom provedor, meu companheiro de fé”, comentou.
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin chegou ao velório por volta das 10h15 para prestar suas homenagens ao jornalista. Segundo Alckmin, Joelmir Beting tinha duas capacidades singulares. A primeira era o bom humor. “Dizem que o estado de permanente bom humor é uma das melhores provas de inteligência. Era uma pessoa bem humorada, com bordões inteligentes, um humor fino”. A outra capacidade que o governador destacou era a de “traduzir o ‘economês’ para a vida cotidiana, para a vida prática das pessoas”.
Foram sábias as palavras do Governador.
Carreira
Joelmir Beting nasceu em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de dezembro de 1936. Em 1957, começou a estudar sociologia na Universidade de São Paulo (USP) para fazer carreira no jornalismo. Em 1957, iniciou carreira na editoria de esportes. Trabalhou nos jornais “O Esporte” e “Diário Popular” e também na rádio Panamericana, que posteriormente virou Jovem Pan. Joelmir atuava como comentarista de economia no grupo Bandeirantes. Ele tinha mais de 55 anos de carreira.
Em 1962, sociólogo formado, trocou o jornalismo esportivo pelo econômico. Em 1968, virou editor de economia do jornal “Folha de S.Paulo”. Em 1970, lançou sua coluna diária, que foi publicada durante anos por uma centena de jornais brasileiros, com o timbre da Agência Estado.
Em 1991, o profissional iniciou nova fase no jornal “O Estado de S.Paulo”. A coluna foi mantida até 30 de janeiro de 2004. No mesmo ano que ela foi lançada, em 1970, Joelmir também começou a passar informações diárias sobre economia nas rádios Bandeirantes, CBN, Jovem Pan e Gazeta e nas redes de TV Bandeirantes, Gazeta, Record e Globo, até 2003.
Em março de 2004 voltou ao grupo Bandeirantes. Permaneceu até hoje como comentarista econômico nas rádios Band News FM e Bandeirantes, e também do Jornal da Band, na TV. Também era um dos âncoras do programa de entrevistas “Canal Livre”. Na Rede Globo, trabalhou por 18 anos.
Ele escreveu ainda dois livros: "Na prática a teoria é outra" e "Os juros subversivos".
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