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Entrevista : Vice - Prefeito eleito Christian Gonçalves


O Jornal Itajubá Notícias fez uma entrevista com o vice-prefeito eleito, Christian Gonçalves e Silva.
Acompanhe na íntegra a reportagem e avalie os projetos futuros.

Como surgiu o convite para ser candidato a vice-prefeito de Rodrigo Riêra?


Primeiro é importante dar importância a um grupo que foi formado: Leandra Machado, Ricardo Zambrana, Robson Vaz, Rodrigo Riêra e eu. Juntos, começamos a pensar no melhor nome para compor a chapa do Rodrigo e chegou-se ao meu nome, que auxiliaria exatamente nessa questão de ter uma entrada forte junto à juventude, através de trabalhos como a Câmara Mirim, meu gosto pelo esporte... E iniciando o processo eleitoral todos foram somando, desde a contratação da Planet Pepper que elaborou a marca da campanha, mostrando o novo, a esperança: Um Novo Tempo, Uma Nova Itajubá. Depois disso, outras pessoas continuaram somando, o pessoal da panfletagem, da organização de comícios, juntos para se chegar à vitória. Foi um trabalho de grupo.


Em todas as entrevistas concedidas pelo Rodrigo e também pelo grupo político que o apoiou seu nome foi citado como fundamental para a caminhada de sucesso rumo à Prefeitura de Itajubá. Como você enxerga isso?


Foi um complemento. Eu e Rodrigo completamos um ao outro no quesito reduto eleitoral; eu consegui ampliar o espaço do Rodrigo, ajudá-lo a entrar em um espaço que eu trabalhei bastante quando fui vereador: no meio estudantil, com os jovens e principalmente na área do esporte. Todos os dias de manhã eu tinha contato com Rodrigo e saíamos juntos, caminhando.


Você esperava depois de não ter sido reeleito vereador e ter ficado um tempo fora do País que continuasse sendo reconhecido nas ruas, pela sua atuação?


Logo que eu retornei, muitas pessoas já vinham conversar comigo, falar que se eu me candidatasse novamente poderia contar com o apoio delas. Dois anos passaram rápido e se a pessoa é atuante e participativa o espaço estará sempre aberto, e prova disso sou eu mesmo.


Você e Rodrigo são jovens, mas ao mesmo tempo carregam certa bagagem da vida pública. Como é isso?


A gente sempre citava, grandes líderes do passado de Itajubá que exerceram essa liderança antes dos 30 anos, como podemos citar Aureliano Chaves, Theodomiro Santiago e Wenceslau Braz. Antigamente acontecia dessa forma. Tanto que essa nossa juventude não interferiu na eleição e a população reconheceu isso, quis dar esse voto para o novo, para essa juventude com experiência. Eu tenho formação na área econômica, sou economista por formação e administrador por profissão e tenho experiência na política por ter sido vereador. O Rodrigo administra as empresas dele no ramo rodoviário e também já foi vereador por dois mandatos, sendo presidente da Câmara por duas vezes; já trazemos uma bagagem que vai nos ajudar demais na administração. Hoje não basta apenas ser político, você tem que saber atuar profissionalmente. Precisamos de uma gestão profissional, de uma administração que realmente coloque os cargos técnicos no seu devido lugar para desenvolver um trabalho eficiente em Itajubá.


Vocês começaram a campanha em terceiro lugar nas pesquisas. Quando e como vocês perceberam que isso começou a mudar e que seria a vez de vocês?


Desde o início, logo que fechamos o grupo e definimos a chapa, os candidatos a vereadores nós fizemos uma pesquisa que apontou esse terceiro lugar. Mas, havia um número muito grande de indecisos. Então, vimos que a possibilidade de vitória, de apostar no novo, na renovação seria válida. Mas, para isso precisaríamos andar muito e levar essa palavra para a população. E assim aconteceu. Andamos por todos os bairros de Itajubá, em muitas ruas, e conversamos com muita gente, levando nossas ideias e propostas. E cada pesquisa interna que realizávamos víamos um crescimento. Até que na última pesquisa, uma semana antes da eleição, já estávamos em primeiro lugar e tínhamos grande chance de vitória, que culminou nas urnas. A gente precisa acreditar; uma pessoa que entra para um desafio desse precisa acreditar, ser perseverante e lutar.



Rodrigo Riêra, Prefeito eleito e Christian Gonçalves, Vice-prefeito


Foi uma campanha centrada, sem estardalhaço? Ou seja, enquanto se falava muito nos outros dois adversários, fortes, o que vocês, nas ruas, sentiram da população?


Eu perguntava muito sobre isso para o Rodrigo, pela experiência que ele tinha tido na eleição passada, há quatro anos. Em todos os bairros que íamos éramos recebidos com carinho, com atenção. As pessoas queriam conversar e sempre no final da conversa diziam: podem contar com meu apoio. Eu perguntava, ‘Rodrigo, será que estamos sendo iludidos’? Ele respondia: ‘não Christian, não foi assim na eleição passada, agora está sendo diferente’.  A aprovação, a aceitação estava sendo muito grande. A gente sentia isso, que era reafirmado com as pesquisas que realizávamos.


Que tipo de vice você será dentro da Administração?


Esse foi tema de uma conversa logo que eu aceitei o convite para compor a chapa. Eu falei que não seria um vice a espera do prefeito para poder atuar e sim que gostaria de ter uma participação grande dentro da Administração. E Rodrigo já me deu essa autonomia, nós faremos um trabalho em conjunto. Existe a possibilidade de eu assumir uma secretaria para realizar um trabalho em uma área específica, além de atuar nas outras áreas como vice-prefeito auxiliando a administração do Rodrigo.


E você já sabe que secretaria assumiria?


Ainda não. Hoje começaremos a pensar no governo de transição. Eu vou coordenar esse trabalho junto com a Leandra, Robson, Zambrana e Ricardo Melo. Devo ir à Prefeitura conversar com Dr. Jorge sobre isso, para saber qual a abertura que teremos. Mas, sei que quero participar, e existe essa possibilidade de assumir como secretário.


Você e Rodrigo têm pretensões políticas para o futuro. Como isso vai ser trabalhado?


Ainda é cedo para falar sobre isso. Mas, todos sabem que isso existe, o próprio Rodrigo dizia durante a campanha que a população desse uma chance a ele porque ele pretende um dia ser deputado estadual, federal e até senador da República. Mas, se ele não fizer um bom trabalho como prefeito essas chances são pequenas. Por isso, hoje, precisamos pensar e estamos muito focados em realizar uma administração de excelência para que Itajubá alcance esse desenvolvimento que a gente tanto deseja. Mas, isso existe, tanto Rodrigo como eu temos pretensões futuras e queremos dar voos mais altos.


Você e Rodrigo vão trabalhar nesse primeiro ano com um orçamento já pronto, mas ao mesmo tempo ambos têm bons relacionamentos políticos em Belo Horizonte e Brasília. Como vocês pretendem buscar recursos para começar já a mostrar a que vieram?


Nós já tivemos conversas com alguns deputados para nos auxiliarem na busca de recursos, principalmente porque em nosso plano de governo temos obras grandes a serem realizadas, que os recursos municipais não serão suficientes. Então, vamos buscar e as portas do governo de Minas e do governo Federal estarão abertas para que Itajubá possa alavancar esse desenvolvimento.


Rodrigo falou muito de um governo de união e de um novo jeito de fazer política. Nos últimos anos vimos cidades como Pouso Alegre, Santa Rita e outras da região passando à frente em muitos aspectos e Itajubá ficando para trás. Você acha que esse novo jeito de fazer politica pode mudar esse quadro?


Eu acredito nisso. A eleição acabou dia 7 de outubro, apesar das brigas, dos ataques que aconteceram, principalmente pela Internet. Precisamos passar por cima disso, apagar, quebrar os retrovisores e olhar para frente,  como disse muitas vezes o Rodrigo. Só dessa forma vamos conseguir algo para Itajubá. Temos que procurar fazer um governo de união sim. A cidade é uma só independente da coloração partidária e temos que trabalhar em prol da cidade, dando continuidade aos projetos da atual administração e avançando onde precisa avançar, alavancando nossos projetos. Precisamos estudar e trabalhar um plano diretor para que Itajubá tenha um plano de desenvolvimento a médio e longo prazos. Para tudo isso, vamos convidar as pessoas que têm comprometimento com Itajubá para nos auxiliar na administração.


E a Câmara Municipal eleita?


Temos quatro vereadores do nosso partido e outros de diferentes coligações. Mas, eu tenho certeza que, por mais que tenhamos vereadores de oposição, os projetos que forem de importância para a cidade, que forem ajudar no desenvolvimento de Itajubá, serão aprovados para o bem da população. As críticas existirão e serão importantes para nos ajudar a refletir. Teremos essa abertura com todos os vereadores da Câmara em todos os sentidos. É importante abrir diálogo com os vereadores, com os candidatos que não foram vitoriosos, com todos que querem o bem da cidade.


E quanto à participação de entidades, de organizações populares, dentro da Administração? Isso vai existir?


Sim, demais. São as pessoas que mais têm conhecimento dentro das áreas em que elas atuam. Por exemplo, Associação Comercial, CDL e SIMMMEI, ninguém melhor que essas três organizações para falar sobre comércio, indústria e desenvolvimento da cidade. Então, é importante que a gente sente-se à mesa com grupos como esses, e outros ligados à saúde, esporte, cultura, segurança, entre outros, para conversar, ouvir propostas e trabalhar juntos.


O que vocês planejam em relação à geração de empregos, com a vinda de empresas para Itajubá?


Temos hoje a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, para a qual até pretendemos dar uma nova nomenclatura  que seria Desenvolvimento Econômico. Devemos colocar ali uma pessoa capacitada para buscar novas empresas, além de prestigiar as empresas de Itajubá que têm um grande potencial de crescimento. E também trabalhar em parceria com as nossas Ffaculdades e Universidade. Temos o projeto do Parque Tecnológico que será prioridade em nosso governo, porque ali empresas poderão se desenvolver e quem ganhará é Itajubá.


Em relação ao plano de governo. Como ele será colocado em prática?


O nosso plano de governo não foi inventado ou tirado do acaso. Nós buscamos projetos de sucesso em cidades mais desenvolvidas, ideias que funcionam. A gente percebeu que esse plano colocado em prática irá atender Itajubá no desenvolvimento que ela tanto almeja. Claro, hoje a área da saúde é prioridade, a gente sabe que torneiras do desperdício precisam ser fechadas para que os recursos possam ser utilizados da melhor maneira possível. Mas, outras áreas também serão trabalhadas, como segurança pública, educação, esporte, cultura, infraestrutura e diversas outras. Em nosso plano de governo também trabalharemos com propostas específicas para cada bairro; identificamos as prioridades de cada bairro.  É um plano macro, que abrange pequenas e grandes realizações.


Qual mensagem que você deixa não só para seus eleitores, mas para toda a população Itajubense?


Eu quero agradecer a toda nossa equipe, alguns nomes que citamos e outros tantos que atuaram nos bastidores. Agradeço, principalmente, a todo o eleitorado de Itajubá, que votando ou não em nós, abriu as portas de suas casas e teve paciência para escutar nossas propostas. Obrigado a todos que apostaram no novo, na mudança. Nós vamos trabalhar muito para buscar o desenvolvimento. Tenham a certeza de que o Christian, o Rodrigo e os vereadores eleitos estarão abertos para ouvi-los. Iremos trabalhar juntos em prol do desenvolvimento que Itajubá tanto almeja.



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