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Surgimento e História de Brazópolis


A história de Brazópolis se iniciou quando fazendeiros mineiros da região do Rio Verde, adquiriram terras junto a contratores da Mantiqueira; entre eles, o Alferes Antônio Dias Pereira que comprou parte da antiga fazenda do Bom Sucesso de Inácio Caetano Vieira de Carvalho, onde hoje existe o Bairro Bom Sucesso.
Em 1810, o então vigário de Soledade de Itajubá, Delfim Moreira, veio tomar posse desta região em nome do bispo de São Paulo. Levantou um Cruzeiro no Morro do João Bernardes, onde hoje existe o distrito de Estação Dias. Deu a bênção, celebrou Missa e fez um assento de posse fato que foi confirmado, mais tarde, em 1813, por documentos da Arquidiocese de São Paulo.
Para lá desse lugar, havia a antiga fazenda da lage, onde o Pe. Atanásio Rodrigues atendia os moradores em sua capela.
Nessa ocasião, o Pe. Lourenço dava início ao povoado da Boa Vista do Sapucaí, hoje Itajubá. Os moradores de toda região o apoiaram e ajudaram nesse projeto, e participaram dos princípios da nova povoação.

Os fazendeiros e agregados da Vargem Grande, no entanto, pretendiam ter uma capela, onde mais facilmente pudessem ter assistência religiosa. Para isso, foi exigida a doação de um terreno, para a formação do patrimônio da capela. D. Ana Chaves e demais filhos de Francisco Dias Chaves fizeram a doação de 30 alqueires, na colina que se erguia à margem do Ribeirão da Vargem Grande. Aí foi construída a primeira capela, bem rústica, dedicada à Sant'Ana, primeira padroeira do lugar. Isso foi em 1838.
Mais Tarde, pela Lei Provincial nº364 de 30/09/1848, foi criado o Distrito e a Capela Curada. Sendo necessário construir a nova capela, cuja capelão seria o Pe. Atanásio, o Tenente Coronel Caetano Ferreira da Costa ofereceu recursos para a capela, mas exigiu que trocasse o padroeiro, mudando-o de Sant'Ana para São Caetano de Tiene. Fez vir, de Portugual, a imagem que ainda hoje se encontra no altar-mor da atual igreja Matriz. Desde então, a povoação passou a chamar-se São Caetano da Vargem Grande, conforme consta em antigos mapas e documentos.
Em 1909 o povoado passou a chamar-se "Vila Braz" e finalmente, em 1926, para homenagear o Cel. Francisco Braz Pereira Gomes, pai do ilustre Presidente da República Dr. Wenceslau Braz Pereira Gomes, passou a denominar-se Brazópolis.



















Em 30 de setembro de 1848, foi criado o Distrito pela lei provincial nº 364.
Brazópolis fazia parte dos municípios de São João D'EL Rei, Campanha e Itajubá, e elevou-se à categoria de município, pela lei estadual nº 319, de 16 de setembro de 1901, com o nome de São Caetano da Vargem Grande.
No ano de 1949, foi criado o Município de Pirangunho, desmembrado de Brazópolis juntamente com Olegário Maciel pela Lei nº2.764, de 31 de dezembro de 1962.
O Município de Brazópolis ficou reduzido a três distritos: a Sede, Luminosa e Dias; este último criado em 12/12/1953 pelo Decreto - Lei nº 1.039.
Entre outros fatos é digno de citação um acordo assinado, em 30 de março de 1887, pelos proprietários de terra, que tornou extinta a escravidão na Paróquia de Brazópolis, portanto, um ano antes que a Princesa Redentora assinasse a Lei Áurea.

História

Até o século XVI, o sul do atual estado de Minas Gerais era ocupado pelos índios puris.
A partir do século XVII, a região foi ocupada por bandeirantes à procura de jazidas de ouro e de pedras preciosas e de mão de obra escrava indígena. Diante do esgotamento das poucas jazidas encontradas na região (mais precisamente, no Arraial de Santo Antônio de Itagybá, depois Nossa Senhora da Soledade de Itagybá, atual cidade de Delfim Moreira), os moradores passaram a dedicar-se à produção agrícola. Através da Carta-régia de 9 de Novembro de 1709, a região passou a vincular-se à Capitania de São Paulo e Minas Gerais. Em 1712, a região de Brazópolis passou a fazer parte do município de Vila Rica, a atual Ouro Preto. Em 8 de dezembro de 1713, o município se dividiu e a região de Brazópolis passou a pertencer ao novo município de São João del-Rei. Nessa época, a região era chamada Sertão do Cuieté. O Alvará-régio de 2 de Dezembro de 1720 dividiu a capitania e a região de Brazópolis passou a ficar subordinada à Capitania de Minas Gerais, também chamada Minas dos Cataguá ou Minas do Ouro.
Em 2 de outubro de 1737, passou a pertencer ao município de Campanha. A partir de 3 de abril de 1847, através da Lei Provincial 384, passou a pertencer ao município de Pouso Alegre. Em 26 de abril de 1847, o escravo alforriado Pai Domingos, junto com outras pessoas oriundas de Moçambique, começaram a recolher donativos, na atual Praça Monsenhor Noronha, para a construção da Capela de Nossa Senhora do Rosário, no mesmo local. Em 27 de setembro de 1848, através do Decreto 355, foi anexado ao município de Itajubá.

Foi incorporado ao município de São José do Paraíso (atual Paraisópolis) em 25 de novembro de 1867 através do Decreto 1 396. Em 26 de fevereiro de 1868, nasceu, na cidade (então chamada de São Caetano da Vargem Grande), Venceslau Brás, que viria a se tornar presidente do país entre 1914 e 1918. Foi reincorporado ao município de Itajubá em 22 de julho de 1868 através do artigo um do Decreto 1 576. Em 3 de maio de 1878, foi inaugurada a Igreja Matriz da cidade, dedicada a São Caetano e edificada no lugar da antiga capela.
Em 15 de novembro de 1890, foi lançado o primeiro jornal da cidade: o Vargem-grandense. Em junho de 1898, foi inaugurado o Mercado Público da cidade.
Pela Lei 319, de 16 de setembro de 1901, o distrito e freguesia de São Caetano da Vargem Grande separou-se do município de Itajubá e passou a constituir município autônomo. A Lei Estadual 513, de 11 de outubro de 1909, modificou o nome de São Caetano da Vargem Grande para Vila Braz, em homenagem a um importante político estadual natural da cidade, Francisco Braz Pereira Gomes. A Lei Estadual 152, de 12 de setembro de 1911, criou o distrito de Piranguinho, subordinado a Vila Braz.

A Lei Estadual 843, de 7 de setembro de 1923, tornou Vila Braz cidade com o nome de Brazópolis, em homenagem a Francisco Braz Pereira Gomes e seu filho, o presidente brasileiro Wenceslau Braz. Ao longo da década de 1930, foi criado o distrito de Candelária. Em 1943, Candelária passou a chamar-se Luminosa, em homenagem a Nossa Senhora das Candeias. Piranguinho separou-se de Brazópolis em 1962. No mesmo ano, foi criado o distrito de Dias. 
Em 22 de abril de 1980, começou a operar o Observatório do Pico dos Dias, vinculado ao Laboratório Nacional de Astrofísica, na divisa entre Brazópolis e Piranguçu.

LNA - Laboratório Nacional de Astrofísica, Pico dos Dias em Brazópolis



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